Legado para a vida


Texto de Victor Garcia Preto   


Algumas vezes na vida cabe reflexão sobre nossas atitudes e o que deixamos de bom o ruim para os outros.


Todos temos defeitos, estando sujeitos a cometer falhas, involuntariamente prejudicar alguém. Ninguém escapa de atitudes descabidas, insensatas. Há casos em que se erra apesar das melhores intenções; e em outros, erros quase propositais. 


O fato é que a biografia de qualquer pessoa, se for analisada com atenção, estará exposta a falhas, grandes e pequenas, e atitudes questionáveis. Muitas vezes, só não se sabe dos erros das pessoas, pois os pontos positivos são abafados. 


Comigo não é diferente. Por mais que tente, não estou aquém das pequenas e grandes falhas, machas na história da minha vida. Erro em todas as fases da vida; por mais que busque fazer sempre o melhor. Não consigo e acredito que ninguém consiga.


Nos textos, frases, vídeos e em tudo que tenho construído nos últimos anos até hoje, busco plantar boas sementes, de formas diferentes, e construir um saldo positivo. Tenho consciência também de que sou falho, e exponho essa questão em parte do que eu escrevo. Nesse mesmo portal há textos que reconhecem meus defeitos. O problema não é esse.


Durante a trajetória da vida, em alguns momentos há autorreflexão do que de fato está se plantando de bom, se está deixando algum legado, algum saldo positivo. Deixar boas lembranças, boas impressões. Ser lembrando por feitos positivos. E nem sempre há a sensação de que se está cumprido o objetivo com sucesso.


Algumas vezes, injustiças acontecem, más interpretações e não se tem controle sobre tudo o que pensam ou dizem. Aliás, é obvio que o termômetro de nossas ações não pode ser a opinião de determinadas pessoas e da sociedade. Contudo, há sempre pessoas com as quais nos importamos, e muitas vezes as impressões deixadas e comentários de algumas delas podem interferir no legado que pretendemos, aos que nos importamos.


Seja por qualquer motivo, incluindo más intenções, qualquer pessoa pode contar mentiras sobre outras pessoas, distorcer fatos, inventar, enfatizar apenas o recorte que lhe for conveniente; moldar a imagem que temos de forma totalmente diferente da realidade. 


Por isso, quando vejo em qualquer lugar - atualmente principalmente na internet - acusações mais diversas sobre figuras públicas já falecidas, fico muito receoso. Qualquer relato de alguém que não está presente para se defender, argumentar sobre o caso é complicado. Pode-se manchar a memória de alguém, seja por qualquer motivo. Mesmo não tendo a intensão.



Espero em cada palavra que eu escrevo deixar um pouco de minhas convicções, opiniões, emoções, reflexões e atitudes para o mundo. Talvez seja o trauma de escritores e artistas em geral a sensação de incompleto, de sempre precisar criar algo novo, pelo menos em geral. Mesmo assim, embora hoje a internet tenha democratizado o acesso a encontrar e expor informações, receio que sempre há a possibilidade de uma visão equivocada, imperfeita e incompleta de todo o ser humano. É possível que fique apenas impressões falhas da maior parte das pessoas que conhecemos, sejam elas figuras públicas ou do nosso ciclo de convivência. 


Em geral, o que fica no senso comum não necessariamente está de acordo com os fatos precisos: soma-se um conjunto de fragmentos, de impressões criadas, ideias generalizadas, estereótipos, adequações de entendimento.


 Um estudo profundo de qualquer biografia, situação ou período histórico mostra os equívocos ou desinformações que rondam a maior parte das pessoas. É como um filme em que alguns trechos ficam muito mais fortes do que outros em nossa memória. Por isso, quando revemos o filme após muito tempo, provavelmente teremos várias impressões diferentes do que havia se formulado na memória, pois obviamente é falha.


Nesse caso, espero que minha biografia tenha algo concreto, e que as críticas sejam coerentes; os defeitos expostos sejam corretos e bem explicados. Luto para que não haja injustiças comigo ou com qualquer outra pessoa. Principalmente supostas histórias, de supostos mal entendidos. Conversas sobre ocasiões que nunca aconteceram. Pressupondo atitudes das quais jamais faria. São as conversas paralelas, as confusões feitas propositalmente - ou não. 


Espero que a verdade sempre prevaleça, e os valores sejam bem difundidos. O medo é capaz de criar os maiores monstros, transformar cães de madame e lobos violentos, mas não justifica determinadas injustiças.



Sobre o Autor: 
Victor Garcia Preto   
Formado em Ciências Contábeis. 29 anos, Resido Ribeirão Preto.  Tenho um perfil de textos no Instagram: @textosinceros. Segue lá.

              


Um comentário:

  1. Meu Deus. Esse texto foi publicado hoje, no mesmo dia em que situação assim aconteceu e que foi muito desagradável. Obrigado por ajudar a clarificar sobre isso. Foi realmente como um envio do universo para que você escrevesse isso aqui. Gratidão.

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