CORDEL: ANTI-HERÓI - (Eudes Sousa)



Sobre o Autor: 
Eudes Sousa   
Tenho 18 anos, capricorniano, acadêmico de pedagogia, colunista, escritor e cordelista. Nordestino, apaixonado pela cultura popular e pela literatura de cordel. Escrevo cordéis desde meus 12 anos, e de lá pra cá já escrevi de tudo um pouco. Procuro sempre levar mensagens positivas e motivacionais para as pessoas através de minhas rimas e versos. Tenho uma página no Facebook que se chama Eudes Sousa e seus Cordéis, onde sempre posto as poesias que escrevo. Instagram@_eudessousaa .

             

Me perdi em cada traço
em cada curva e saída,
perdi até o compasso
que guiava a minha vida,
no espelho eu olho e minto
me vejo num labirinto
vida vaga e já perdida.


Ando em uma rua vaga
que já não passa ninguém,
minha vida se apaga
e esse fogo me faz bem.
Sem ele não sou nada
alma fria e já calada
recomeço já não tem.

Eu acordo e não levanto
me aquieto e fico aqui,
as vezes eu me espanto
o choro vem, não quero ir,
é na tristeza profunda
meu olhar triste se afunda
em cada noite sem dormir.

Não queria ser assim
não é coisa da minha mente,
não jogue pedras em mim
fique perto, chegue e sente,
se aprochegue do meu lado,
"eu era melhor no passado
do que eu sou no presente".

Hoje eu queria está bem
e te fazer muito feliz,
só nós dois e mais ninguém
do jeito que eu sempre quis,
em cada conversa sorrir,
poder viver e descontrair
seguir aquilo que me diz.

Tenho medo da minha vida
e do jeito que ela é,
da estrada a ser seguida
das barreiras que vier.
Meu olhar grita me acuda
é um pedido de ajuda
me entenda se quiser.


Há flechas no meu peito
que o meu sorriso escondeu,
mas parece não ter jeito
o espelho percebeu,
o arqueiro que nos atira
nunca erra sua mira,
pois sua mira aqui sou eu.

Eu me quero ser melhor
e fazer o melhor pra mim,
eu me quero ser maior
maior que tudo de ruim,
eu me quero mais bonito
não escondo e admito
eu desejo ser assim.


Não esqueça que eu te amo
e faço tudo por você,
grito calado e te chamo,
meu olhar tu pode ver,
não abra a porta, não entre,
serei triste pra sempre,
ou até a morte querer.

Chega logo e me abraça
me acolhe e beija eu,
desaperta o que me calça,
já basta o que doeu,
Eu te digo o que me dói
é me tornar o anti-herói,
do cordel que era meu.


(Eudes Sousa) 


Nenhum comentário

About me

Papicher 2014©. Tecnologia do Blogger.