Nós escritores, temos o dever de buscar retratar a realidade. Parece algo obvio, mas não é tanto.
O mundo pode ser interpretado de diversas formas, a realidade não é relativa, mas a capacidade e/ou boa vontade das pessoas com ela sim.
E possível se fechar em uma bolha, e enxergar apenas o que está próximo. Ou mesmo, distorcer a realidade para satisfazer seu próprio ego ou amenizar as frustrações.
Na vida, o mais simples, é fugir da realidade. De diversas formas. Algumas perdendo totalmente a lucidez, em outras, com excesso dela.
A realidade é complexa. Não é tão simples quanto parece. As simplificações e generalizações podem prejudicar a noção mais ampla dos fatos e circunstâncias. Por isso é tão importante atenção e disposição aos fatos.
Na vida, independentemente de qualquer processo de criação, é muito fácil se fechar em uma bolha e não enxergar nada além de seu cotidiano, de seu convívio.
Teoria e prática nem sempre estão de acordo. Há vários mundos dentro da mesma cidade, algumas vezes dentro do mesmo bairro e até da mesma casa. Distâncias geográficas, sociais, ideológicas. Há inúmeros ângulos para se observar o mesmo objeto.
Qualquer ser humano pode se distanciar da realidade. Seja escritor ou não.
Por isso a importância de buscar estar sempre conectado, antenado com a situação. Não se contentando em comprar a primeira ou as primeiras versões dos fatos.
É preciso transcender o senso comum. Buscar análises mais complexas, com maior grau de reflexão. Ir a fundo. Não chegar simplesmente ao ponto mais cômodo.
Talvez ninguém tenha a capacidade de conseguir representar a realidade de maneira fidedigna. Contudo, é preciso haver um esforço para fazê-la. Transcender as próprias opiniões e ir em busca sincera pela verdade, mesmo que alguns conceitos chegam utópicos. Ter compromisso com análise fria e imparcial e não a que agrade o ego, grupos e amigos. Além dos próprios hábitos involuntários. Colocar questões passionais acima da análise racional. A visão otimista ou pessimista de um fato, sobressaindo as próprias constatações.
O tempo irá nos culpar por não sermos sensatos, por não buscar um senso, uma forma de transcender a opinião média, que todos repetem. Não apenas ser papagaios da linguagem escrita, mas apontar fatos que ninguém consegue enxergar. Além da mesmice.
Um único texto pode fazer toda a diferença. Para o bem e para o mal.
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Sobre o Autor:

Formado em Ciências Contábeis. 29 anos, Resido Ribeirão Preto. Tenho um perfil de textos no Instagram: @textosinceros. Segue lá.




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