Os Reality Shows criam vilões e heróis das mais diversas formas - (Victor Garcia Preto)




Sobre o Autor: 
Victor Garcia Preto   
Formado em Ciências Contábeis. 29 anos, Resido Ribeirão Preto.  Tenho um perfil de textos no Instagram: @textosinceros. Segue lá.

              




O Mundo está de pernas pro ar, mas tenho a sensação de que sempre esteve.
A vida não é fácil. Talvez nossa geração que esteja frouxa. Há um mimo, a vida facilitada por recursos tecnológicos e outros fatores.


Com as redes sociais, o poder da comunicação se expandiu. Praticamente todos tem a capacidade de expor suas opiniões para o público, o que pode ser uma faca de dois de gumes.

Poderia desenvolver tal texto por várias perspectivas, porém, recentemente alguns acontecimentos me chamaram a atenção: as comoções e cancelamentos que ocorreram praticamente todos os dias.


A maneira com que as mobilizações acontecem causa curiosidade e muitas vezes também espanto.
Heróis e vilões são feitos e desfeitos, tudo se torna notícia e rapidamente é esquecido. Há comoções superficiais, as pessoas em geral não se importam tanto, mas precisam manifestar essa comoção. As mobilizações são tendenciosas, seguindo um modismo. Há mais barulho do que informação.


Manifestações desproporcionais há acontecimentos, em algumas oportunidades temas supérfluos ganham maior repercussão do que deveria. Fatos são distorcidos, e todos compram a propaganda. A cada época do ano há um acontecimento para se propagar.


Há um movimento em massa, uniforme, para defender de forma intencional ou não, um ponto de vista. O problema está na intensidade do engajamento de coisas superficiais e/ou que pouco se tem conhecimento profundo para ir de modo tão intenso.


Os Reality Shows criam vilões e heróis das mais diversas formas, pelos mais variados motivos, partindo de premissas coesas ou não. O maniqueísmo, tão criticado nas obras ficcionais, faz parte da cultura da população. Não querem dualidades nas obras que acompanham, mas as praticam no seu cotidiano.


Maniqueísmo no esporte, na política, idelogicamente, nas personas dos Reality Shows ou em programas simulares, nas tretas da internet, nas discussões que presenciam, no desentendimento entre colegas. Sempre alguém é endeusado ou vilanisado, dependendo a situação, comoção ou conveniência. Pouco se importa as atitudes, apenas a simbologia que se cria e massifica as opiniões.


Há alguns casos que até há motivo para a comoção, negativa ou positiva, mas em geral o que acontece são manifestações desproporcionais. É uma consequência, da somatória das características humanas com o suposto poder das redes sociais. Todos nós manipulamos e somos manipulados. Involuntariamente ou não.


A informação está o tempo todo exposta. Não necessariamente correta. Não se consegue processar tantos dados, e de alguma forma todos querem se manifestar, fazer parte da mobilização. As mesmas vozes que se levantam para para determinadas situações se calam para outras.


É curioso analisar alguns movimentos. Intrigante a relação do ser humano com os acontecimentos.


A vida continua, algumas vezes observando mais os demais do que a si mesmo. Discussões filosóficas sobre assuntos supérfluos, ou talvez não sejam tão rasos, já que são capazes de discussões filosóficas. O problema é que a memória das pessoas é curta, e muitas vezes irracional. Se muda de ponto de vista conforme a situação, geralmente de forma involuntária. É curioso muitas vezes não haver alguma lógica nas ações. Isso não se aplica apenas no assunto mencionado, mas sim na maior parte das questões da vida. Quase todo mundo é contraditório.


Nos reality's shows alguns são odiados desde o começo, outros fazem quase tudo errado e saem como vítimas, outros são fazem quase tudo certo e saem como vilões. Alguns geram mais antipatia ou simpatia do que o correspondente as suas atitudes. Recentemente o país que sempre se divide se uniu para "odiar" uma figura pública e participante de um famoso Reality, alcançando o maior índice de rejeição da história.


Se o país é capaz de se unir e concordar na opinião sobre uma pessoa, é possível se unir em questões muito mais pertinentes. É menos relevante se determinada figura pública merece ou não tanta rejeição ou admiração, esse período deveria servir como reflexão para mudança de atitudes. Dentro e fora das redes sociais.



Direitos da imagem de capa: by Pexels/Pexels License


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