Para estancar o sofrimento, é imperioso buscar o autoconhecimento e nos responsabilizar por nossas emoções e condutas


É notório o quanto o altíssimo índice de depressão e ansiedade, nestes tempos, está transbordando do copo. 

Para começo de conversa, como eu gosto de esclarecer, o nosso sofrimento é proporcional ao nível de imaturidade que carregamos: quanto mais imatura emocionalmente uma pessoa é, mais ela sofrerá. O antídoto está no autoconhecimento através dos estudos.


O sofrimento, portanto, é apenas uma forma de a natureza nos indicar que estamos pensando e agitando forma totalmente errada. E a verdade é que a educação que recebemos no lar e da cultura ao nosso redor, são podadoras da nossa autenticidade, e nos poda e nos tolhe tanto que acabamos gerando com isso centenas de decretos, crenças e processos neuróticos. 


Uma pessoa madura, por sua vez, é aquela lida com os problemas e adversidade sem aquela ótica extremamente dramática que todos nós temos hoje em dia e a qual é cada vez mais e mais pregada na educação dentro dos lares e da sociedade. 


Uma pessoa madura, assim, não quer dizer que é insensível, mas sua postura firme indica apenas que ela tem certas compreensões as quais adquirimos apenas com o amadurecimento. Como por exemplo, que a vida não é da forma como queremos que seja, que não temos poder de mudar o que está fora de mim (embora muitos sofram por insistirem, e se culpam por isso), tampouco o que está dentro do outro. Enfim, pessoas sofrem porque não aceitam a vida como é, nem como as pessoas são, devido a educação de mimo que todos nós tivemos. E falando nisso, quantos atualmente crescem em idade, mas não em maturidade!


E, sabendo disso, parando um minuto para tentar entender o motivo de tanta depressão, fica muito claro a diferença das pessoas de hoje em dia em relação às de antigamente, a começar pela observação óbvia de como as crianças de hoje são, e de como os pais de hoje as educam.


São pessoas que tendem a prolongar a adolescência e o amadurecer para até acima dos trinta anos. São pessoas que não se respeitam, não são responsáveis e são cheia de mimos. Não aceitam as coisas como são, pois os pais sempre as superprotegeram, logo, elas não têm a autoconfiança que deveria ser promovida desde a infância. Porque, é claro, a mãe, para se sentir útil, ainda quer arrumar o quarto e lavar as roupas da sua criança de 34 anos, não é mesmo? 


"Mãe é só uma, e um dia deixa de ser mãe para se tornar amiga por uma única razão: o filho cresce e não é mais uma criança." ¹ (Lourdes Possatto) ²


Enfim, com isso, determinantemente, são indivíduos que não aceitam as coisas como são e caem em tremenda resistência e negação pela vida não ser da forma fantasiosa que acreditava, tão assim como sua educação incentivou quando criança.


E um fato é que resistir à vida do jeito como é definitivamente é uma gigante fonte de angústia e sofrimento. E quer saber mais? É uma fonte de angústia desnecessária. Mas, achamos que precisamos ser perfeitos, então somos capazes de fazer qualquer coisa a partir da crença de eu tenho que isso..., eu tenho que aquilo... 


Com isso, muitas pessoas desenvolvem a crença de que TEM QUE agradar todo mundo; colocando-se, inclusive, em segundo, terceiro ou até em último plano, culminando em uma vida de autonegação e que futuramente pode desencadear a depressão.


Portanto, sofremos porque não abdicamos das nossas ideias controladoras. Sofremos porque não respeitamos nossos limites querendo mudar o que não é da nossa alçada e que, por isso, sofremos por sermos egoístas. E tudo isso mesmo não tendo consciência. É tudo irracional, porque nos foi instalado quando ainda criança pela educação tradicional. 


Sofremos porque esperamos que nossas carências sejam supridas pelo lado de fora. Lembre-se: o tanto e o quanto você necessita, só você sabe; a outra pessoa vai dar apenas o que puder, do seu próprio jeito e se quiser. Ninguém é responsável por aquilo é nossa obrigação fazer, no caso, suprir as carências afetivas. Mas, é claro, somos tão mimados que queremos governar o outro. 


"É preciso conectarmo-nos com nosso sentir e ser mais verdadeiros, autênticos, para então desenvolver relacionamentos mais nutritivos, maduros e melhores. É imperioso o amadurecer o eu-infantil, que quer que queiramos que alguém nos defenda e nos pegue no colo, pois precisamos encontrar apoio em nós mesmos e sermos nossa própria fonte de suprimento, e não aceitando que isso venha de terceiros."¹ (Lourdes Possatto) ²


Sofremos porque não sabemos nos sentir e, logo, não temos a autoconfiança necessária para encarar a vida. Sofremos porque damos poder ao que está fora de nós e, principalmente porque não conhecemos a nós mesmos e a nossa história.


Sofremos porque somos extremamente mimados, perfeccionistas e controladores!


Para estancar o sofrimento, é imperioso promovermos o autoconhecimento, ter responsabilidade por nossas condutas e ações e amadurecer o eu-emocional infantil dentro de cada um de nós. 



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¹ Lourdes Possatto. 
²  Livro: Por que sofremos tanto? da autora citada acima. Compre-o  clicando aqui





Sobre o Autor: 
Leone Da Costa   
24 anos. Idealizador do blog Papicher. Leonino.  De tudo que tenho na minha vida; música, aprender, viajar e livros são minhas paixões! Mais do que isso, poder compartilhar tudo o que eu tenho aprendido até aqui. Apaixonado pela vida., I make myself .

             




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