Aceitei




Voltei-me para a verdade
De face para ela,
Fitei seu simples semblante
E subitamente
Foi quando, então
Eu entendi.

Aceitei a chuva a cair sob meu quintal.
Tal qual a flor
Decida sobre o que fazer
Apesar das lagartas que a comem.

Aceitei as rendas
Que me costuram ao outro,
E as quais, outrora,
nos descosturam.


Assim como aceitei o pousar esporádico
De um beija-flor em meu ombro.
De vez em quando,
Das andorinhas
Que, às vezes,
me beliscam o pé da orelha.

Aceitei o imutável, o inevitável
Aceitei O sorriso passado
Ainda estampado naquela fotografia
Aceitei o meu ser
Aceitei o meu estar
Aceitei a verdade
Aceitei a vida




Sobre o Autor: 
Leone Da Costa   
24 anos. Professor. Idealizador do blog Papicher. Leonino.  De tudo que tenho na minha vida; música, aprender e livros são minhas paixões! Mais do que isso, poder compartilhar tudo o que eu tenho aprendido até aqui. Apaixonado pela vida., I make myself .

             



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