Comportamento
Crônicas
Relacionamentos
z
É bom sentir intensamente
Já comprovei para mim mesmo que sou uma pessoa sensível.
Eu sempre fui muito observador, a ponto de empregar sentimentos a tudo que me cercava.
Ser sensível, na minha concepção, é ser capaz de estabelecer contato com tudo a meu redor. É você interpretar a beleza daquilo que muitas vezes é intraduzível. É conseguir enxergar o belo naquilo que, para muitos, é imperceptível. É estar constantemente conectado a tudo e a todos. É ser capaz de sentir as pessoas, as palavras e o tom velado em cada uma delas.
São muitas emoções. São muitos detalhes. Muitas informações.
Tenho a impressão de que tudo se auto multiplica por mudarem constantemente, e sou capaz de enxergar e interpretar tais alterações – um determinado lugar nunca será igual ao que foi ontem.
Simplesmente emergem sensações vindas de tantas direções que eu as vezes não sei especificar de onde vêm.
E eu vou captando-as, saboreando-as. Elas podem, contudo, me trazer paz ou amargar a alma, e podem até envenenar.
Já as emoções que partem de mim, emergem sem filtro. Eu retruco, esperneio. Sentir tudo intensamente (ser sensível), para quase todos, conota sofrência. E eu sem dúvidas acho que isso é algo inevitável.
A decepção, a perca, a frustração, um dia vêm bater na nossa porta, mandadas pela vida no intuito de nos ensinar. A vida não é tão agradável como gostaríamos.
Contudo, ser sensível também implica em viver mais. Viver com mais sabores, mais cores. Legitima que você está vivo, independentemente das razões por detrás das emoções.
Ser sensível pode doer. Mas sinto mais e vivo mais.
Ultimamente meu coração tem sido edificado com muitas emoções boas. Às vezes, simultaneamente em sincronia com outras que me doem. Geralmente, estas vêm do passado, de memórias ainda muito frescas, de pessoas, e, no final, me deixam com a garganta apertada para não escapulirem em forma de lágrimas.
Daí, tudo de que eu preciso, é me render.
As emoções me condicionam. São como o que o fogo faz para com uma folha de papel. Quando estou muito quente, fico à flor da pele; eu queimo.
Mas é um efeito muito breve.
Eu posso chorar, rir, espernear.
Qualquer coisa, nessas horas, pode servir de motivo.
É como um pedido do peito, da alma.
E como isso alivia...
E assim como as cinzas que surgem da chama, posteriormente eu também fico mais leve.
Sobre o Autor:

23 anos. Professor. Idealizador do blog Papicher. Leonino. De tudo que tenho na minha vida; música, aprender e livros são minhas paixões! Mais do que isso, poder compartilhar tudo o que eu tenho aprendido até aqui. Apaixonado pela vida., I make myself .
Deixe um Comentário