Comportamento
Crônicas
z
Vou mudar ou vou deixar pra lá e fingir que não ouvi?
Mudar.
Há quem diga ser fácil.
Praticamente todos acham que para mudar basta pouco, que
já estamos prontos para efetivá-la.
Quem disse que é fácil mudar está mentindo, porque não é fácil. Que pretensão
achar que eu posso mudar tão rapidamente.
Aliás, as emoções me condicionam, me controlam. Isso soa paradoxal,
mas, tomar controle de si mesmo, mesmo sendo completamente possível, ainda é como tentar
domar um cavalo selvagem.
Este meu lado, o
das emoções, obtêm um poder tão forte sobre mim mesmo. Imensurável.
Seja por amor
ou por ódio, tentar “domá-los” requer muita técnica, muito esforço e cautela. Quantas
foram as vezes em que agi impulsivamente em decorrência da raiva, do stress. Quantas vezes
fui tonto, imprudente, inconsequente por paixão. E tudo isso ainda sabendo por
mim mesmo, conscientemente, de que não seria o melhor caminho a ser traçado.
Até que ponto eu
tenho livre-arbítrio para controlar o que eu quero fazer, como eu quero me
comportar, o que eu quero sentir? Não tenho, ainda, habilidade para fazer isso. Logo, acredito eu que ainda não tenho livre-arbítrio.
Muitas vezes nós entendemos com a cabeça, mas não com o corpo. Nós entendemos, compreendemos o que precisa ser feito, mas, na prática, o jogo é
outro. E as normas neste jogo são distintas. O nível de complexidade requer mais
esforço.
Porque (como disse uma amiga) fácil é ser monge enquanto está na montanha, lá, sozinho. Difícil é descer, mesmo que momentaneamente, e colocar em prática o que já se sabe com pessoas que são diferentes uma das outras.
Por isso que
mudar, efetivamente falando, requer mais do que uma reflexão ou uma busca por soluções
(não dispensando o uso delas, o que é fundamental, à princípio). Mudar requer energia, esforço, requerer outras mudanças: mudanças requer uma sequência de outras
mudanças. Requer reconfiguração, ação e, quase sempre, perdas. Mudar requerer tempo até que você pegue o ritmo e a transforme em hábito (Hábito - algo muito importante na vida). Tudo isso implica em mudar.
Mudar é para os fortes, os que se superam, os prudentes. Sinta-se, por favor, orgulhoso de si mesmo. Só você e Deus sabe dos seus entraves da vida.
Reforço que mudar que não
dispensa a fase da meditação. Tudo parte do virtual, de qualquer forma. A mudança já se inicia no instante em que
constato que preciso mudar. Existem também
vários tipos de mudanças, inclusive. Outras são mais desgastantes, cansativas. Estas, geralmente, nos demandam um tempo. Aliás, um choque, uma constatação súbita, repentina, pode mudar você num estalar de dedos.
Mudar é um
exercício constante. A vida sempre chama. E a maneira dela chamar é sempre na forma de "estou feliz/não estou feliz", "estou satisfeito/não estou satisfeito". Uma hora o chamado chega: Ou você muda, ou você fica para trás.
O impasse é: vou mudar ou vou deixar pra lá, fingir que não ouvi.
Mudamos
ao passo que evoluímos, ao passo que aprendemos mais.
E nesta vida,
aprender é o que dá todo sentido à nossa existência. todo sentido...

23 anos. Idealizador do blog Papicher. Leonino. De tudo que tenho na minha vida; música, amigos e livros são minhas paixões! Mais do que isso, divulgar tudo o que eu tenho aprendido. Apaixonado pela vida., I make myself
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